quarta-feira, 4 de novembro de 2020

O Estado para Max Weber

Pontos importantes do pensamento de Weber sobre o Estado:

Para Weber, quando se consegue a obediência de um grupo de pessoas/ sociedade, dá-se uma relação de dominação. Esta relação, para ser duradoura, deve ser legítima, isto é, precisa, de alguma forma, convencer as pessoas de que é certo obedecer. O Estado é a forma de dominação legítima (que se baseia no convencimento e na violência). É uma relação de homens dominando homens. Essa dominação é possível através de três formas:

a) Dominação Tradicional: ocorre quando o líder do Estado se baseia na defesa de costumes e valores tradicionais e no incentivo ao conformismo;
b) Dominação Carismática: ocorre quando o líder do Estado se baseia no carisma e no heroísmo para ganhar apoio;
c) Dominação Racional-legal: ocorre quando o líder do Estado se baseia em um conjunto de leis e usa a crença de que é correto obedecer essas leis para dominar uma população – esta é a forma típica de dominação no Estado moderno.

Segundo Weber: 

“Hoje, porém, temos de dizer que o Estado é uma comunidade humana que pretende, com êxito, o monopólio legítimo da força física dentro de um determinado território. /.../ O Estado é considerado como a única fonte do 'direito' de usar a violência.” A política como vocação (1919)


Ou seja, caso as três formas de dominação falhem, o Estado ainda se reserva o direito de usar da força física/violência contra seus cidadãos para manter a ordem, e esse direito é plenamente aceito pela população. Assim, o Estado tende a ser a única instituição que a população reconhece, obedece e aprova, inclusive, em alguns casos, o uso da violência para fazer cumprir a lei.

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