

Os
recém‐chegados
eram
gente
prática,
experimentada,
sofrida,
ciente
de
suas
culpas
oriundas
do
pecado
de
Adão,
predispostos
à
virtude,
com
clara
noção
dos
horrores
do
pecado
e
da
perdição
eterna.
Os
índios
nada
sabiam
disso.
Eram,
a
seu
modo,
inocentes,
confiantes,
sem
qualquer
concepção
vicária,
mas
com
claro
sentimento
de
honra,
glória
e
generosidade,
e
capacitados,
como
gente
alguma
jamais
o
foi,
para
a
convivência
solidária.
Aos
olhos
dos
recém‐chegados,
aquela
indiada
louçã,
de
encher
os
olhos
só
pelo
prazer
de
vê‐los,
aos
homens
e
às
mulheres,
com
seus
corpos
em
flor,
tinha
um
defeito
capital:
eram
vadios,
vivendo
uma
vida
inútil
e
sem
prestança.
Que
é
que
produziam?
Nada.
Que
é
que
amealhavam?
Nada.
Viviam
suas
fúteis
vidas
fartas,
como
se
neste
mundo
só
lhes
coubesse
viver.
Aos
olhos
dos
índios,
os
oriundos
do
mar
oceano
pareciam
aflitos
demais.
Por
que
se
afanavam
tanto
em
seus
fazimentos?
Por
que
acumulavam
tudo,
gostando
mais
de
tomar
e
reter
do
que
de
dar,
intercambiar?
Sua
sofreguidão
seria
inverossímil
se
não
fosse
tão
visível
no
empenho
de
juntar
toras
de
pau
vermelho,
como
se
estivessem
condenados,
para
sobreviver,
a
alcançá‐las
e
embarcá‐las
incansavelmente?
Temeriam
eles,
acaso,
que
as
florestas
fossem
acabar
e,
com
elas,
as
aves
e
as
caças?
Que
os
rios
e
o
mar
fossem
secar,
matando
os
peixes
todos?
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